Há alguns meses li o relatório sobre mudanças climáticas divulgado em maio de 2011. Trata-se de um projeto colaborativo realizado pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil e o Met Office Hadley Centre (MOHC) do Reino Unido.
É um documento de umas 50 páginas, muito interessante e vale a pena ler na integra. O link para fazer o download é o seguinte http://www.ccst.inpe.br/relatorio_port.pdf
O que postarei aqui é um super resumo do documento.
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RELATÓRIO: RISCO DA MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL
- MAIO 2011-
A temperatura média global subiu aproximadamente 0,7°C no século passado e esse aquecimento deve continuar em decorrencia das contínuas emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Os modelos climáticos projetados pelo MOHC-INPE são para grandes aumentos de temperatura do ar e reduções percentuais da precipitação pluviométrica na Amazônia, com mudanças mais acentuadas depois de 2040. Isso certamente traria impactos econômicos visto que 70% da energia brasileira vem de usinas hidrelétricas.
O desmatamento na Amazônia também é preocupante. Ao alterar o ciclo hidrológico regional, o desmatamento em grande escala pode produzir um clima mais quente e seco. Quando o desmatamento atinge mais de 40% da extensão original da floresta Amazônica, a preciptação pluviométrica diminui de forma significativa no leste da Amazônia. O desmatamento poderia provocar um aquecimento de mais de 4ºC no leste da Amazônia e as chuvas de julho a novembro diminuiriam em até 40% Somando-se isso a qualquer mudança decorrente do aquecimento global.
Alguns estudos mostram que as mudanças climáticas podem resultar em die-back (colapso) da floresta Amazônica, rica fonte de biodiversidade, oxigênio e agua doce. Porém um perigo que se concidera mais imediato em prejuízo da floresta é o desmatamento.
A floresta Amazônica desempenha um papel crucial no clima da América do Sul por seu efeito no ciclo hidrológico-regional. A floresta interage coma atmosférta para regular a umidade no interior da bacia. A umidade é transportada para a aregião amazônica pelos ventos alísios provenientes do atlântico tropical. Estima-se que entre 30% e 50% das precipitações pluviométricas na bacia amazônica constituem em evaçporação reciclada (evaporação produzida pela própria floresta que precipita). A umidade originada na bacia amazônica é tranportada pelos ventos para outras partes do continente e é conciderada importante na formação de precipitação em rigiões distantes da própria amazônia.
Tanto o desmatamento como as mudanças climáticas podem prejudicar severamente o funcionamento dafloresta amazônica como ecossistema florestal, reduzindo sua capacidade de retyer carbono, enfraquecendo o ciclo hidrológico regional, aumentando a temperatura do solo e eventualmente impelindo a Amazônia a um processo gradual de savanização.
A amazônia está ligada ao sistema climático global, influenciando-o e sendo por ele influenciada. A variabilodade climática em outras partes do planeta, masi particularmente nos oceanos pacífico ou atlãntico tropicais, podem acarretar variações no clima da amazônia.
Sobre as mudanças climáticas na amazônia, a melhor estimativa do IPCC sobre a elevação da temperatura entre o final do séc XX e o final do séc XXI para o cenário de baixa emissões (SRES "B1") é de 2,2°C e a melhor estimativa para o cenário de altas emissões (SRES "A2") é de 4,5°C (a faixa varia de 3,9°C a 5,1°C).
Usando a projeção de um modelo climático do Centro Halley, um estudo estimou qual a probabilidade de um ano como 2005 se repetir na amazônioa no futuro. O estudo sugere que nas condições atuais, a seca de 2005 foi um evento que ocorre aproximadamante uma vez em 20 anos, mas até 2025 pode passar a aocrrer uma vez em 2 anos, e até 2060, 9 vezes em 10 anos. Ou seja, pode tornar-se a norma em vez de um evento extremo.
Projeções das mudanças climáticas na Amazônia
No domínio da américa do sul, a previsão é de que no futuro, certas áreas se tornarão mais úmidas e outras mais secas.
Em relação à temperatura a análise gera uma faixa do possível aquecimento da amazônia até o final do século que corresponde a pouco mais de 2°C sobre os valores de referencia no limite inferior e de 9°C no limite superior.
A redução nas precipitações pluviométricas anuais fica aproximadamente 10% e 20% na última década do século, no cenário de baixas emissões. No cenário A1FI (altas emissões), esses números sobem para uma redução de 20% a 40% nas chuvas.
Essas mudanças projetadas podem ter profundas implicações para o futuro dos recursos hidricos, a ocorrencia e propagação de incêndios e os correspondentes impactos no Brasil.
Os modelos mostram, em maior ou menor grau, que a floresta tropical desapareceria na amazônia sob as condições do novo clima projetado para o fim do século, sendo substituida pela savana.
A redução do desmatamento traria benefício imediatos em termos de mitigação das emissões globais de gases do efeito estufa.
A taxa de 40% de desmatamento poderia ser um Tipping point (ponto sem retorno), ponto além do qual a perda florestal provoca impactos no clima que, por sua vez causam mais perda florestal. Um aquecimento global de 3ºC a 4ºC também poderia levar a um tipping point similar.
Outro fator ambiental desencadeador de mudanças na amazônia e associada ao desmatamento seria o aumento da vulnerabilidade de uma floresta fragmentada aos "efeitos de borda", tais como ventos fortes e, principalmente, os incêndios florestais.
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Alguns estudos mostram que as mudanças climáticas podem resultar em die-back (colapso) da floresta Amazônica, rica fonte de biodiversidade, oxigênio e agua doce. Porém um perigo que se concidera mais imediato em prejuízo da floresta é o desmatamento.
A floresta Amazônica desempenha um papel crucial no clima da América do Sul por seu efeito no ciclo hidrológico-regional. A floresta interage coma atmosférta para regular a umidade no interior da bacia. A umidade é transportada para a aregião amazônica pelos ventos alísios provenientes do atlântico tropical. Estima-se que entre 30% e 50% das precipitações pluviométricas na bacia amazônica constituem em evaçporação reciclada (evaporação produzida pela própria floresta que precipita). A umidade originada na bacia amazônica é tranportada pelos ventos para outras partes do continente e é conciderada importante na formação de precipitação em rigiões distantes da própria amazônia.
Tanto o desmatamento como as mudanças climáticas podem prejudicar severamente o funcionamento dafloresta amazônica como ecossistema florestal, reduzindo sua capacidade de retyer carbono, enfraquecendo o ciclo hidrológico regional, aumentando a temperatura do solo e eventualmente impelindo a Amazônia a um processo gradual de savanização.
A amazônia está ligada ao sistema climático global, influenciando-o e sendo por ele influenciada. A variabilodade climática em outras partes do planeta, masi particularmente nos oceanos pacífico ou atlãntico tropicais, podem acarretar variações no clima da amazônia.
Sobre as mudanças climáticas na amazônia, a melhor estimativa do IPCC sobre a elevação da temperatura entre o final do séc XX e o final do séc XXI para o cenário de baixa emissões (SRES "B1") é de 2,2°C e a melhor estimativa para o cenário de altas emissões (SRES "A2") é de 4,5°C (a faixa varia de 3,9°C a 5,1°C).
Usando a projeção de um modelo climático do Centro Halley, um estudo estimou qual a probabilidade de um ano como 2005 se repetir na amazônioa no futuro. O estudo sugere que nas condições atuais, a seca de 2005 foi um evento que ocorre aproximadamante uma vez em 20 anos, mas até 2025 pode passar a aocrrer uma vez em 2 anos, e até 2060, 9 vezes em 10 anos. Ou seja, pode tornar-se a norma em vez de um evento extremo.
Projeções das mudanças climáticas na Amazônia
No domínio da américa do sul, a previsão é de que no futuro, certas áreas se tornarão mais úmidas e outras mais secas.
Em relação à temperatura a análise gera uma faixa do possível aquecimento da amazônia até o final do século que corresponde a pouco mais de 2°C sobre os valores de referencia no limite inferior e de 9°C no limite superior.
A redução nas precipitações pluviométricas anuais fica aproximadamente 10% e 20% na última década do século, no cenário de baixas emissões. No cenário A1FI (altas emissões), esses números sobem para uma redução de 20% a 40% nas chuvas.
Essas mudanças projetadas podem ter profundas implicações para o futuro dos recursos hidricos, a ocorrencia e propagação de incêndios e os correspondentes impactos no Brasil.
Os modelos mostram, em maior ou menor grau, que a floresta tropical desapareceria na amazônia sob as condições do novo clima projetado para o fim do século, sendo substituida pela savana.
A redução do desmatamento traria benefício imediatos em termos de mitigação das emissões globais de gases do efeito estufa.
A taxa de 40% de desmatamento poderia ser um Tipping point (ponto sem retorno), ponto além do qual a perda florestal provoca impactos no clima que, por sua vez causam mais perda florestal. Um aquecimento global de 3ºC a 4ºC também poderia levar a um tipping point similar.
Outro fator ambiental desencadeador de mudanças na amazônia e associada ao desmatamento seria o aumento da vulnerabilidade de uma floresta fragmentada aos "efeitos de borda", tais como ventos fortes e, principalmente, os incêndios florestais.
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